sábado, 9 de outubro de 2010

Autólise

Primeiro projeto de dança contemporânea:

Contemplado pelo Edital de Montagem Yanka Rudzka/2009


Somos capazes de nos deixar destruir pela má utilização do poder? 
Pela exacerbação do desejo?

Corpos-vitrine mascados e engolidos
como chicletes contraindo-se de tanto se auto-consumir.

Um auto-retrato qualquer do auto-descontrole-destruidor-de-si-mesmo.

Já não é visto.
Já não há importância.

Uma sombra que se arrasta.
O chão que engole.
A gravidade que impera.

O que é desejado passa a ser a vitrine do que não se quer,
do que não é visto.

O resto. O podre. O fétido.

Falecido ser coisa viva.


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