Contemplado pelo Edital de Montagem Yanka Rudzka/2009
Somos capazes de nos deixar destruir pela má utilização do poder?
Pela exacerbação do desejo?
Corpos-vitrine mascados e engolidos
como chicletes contraindo-se de tanto se auto-consumir.
Um auto-retrato qualquer do auto-descontrole-destruidor-de-si-mesmo.
Já não é visto.
Já não há importância.
Uma sombra que se arrasta.
O chão que engole.
A gravidade que impera.
O que é desejado passa a ser a vitrine do que não se quer,
do que não é visto.
O resto. O podre. O fétido.
Falecido ser coisa viva.
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